Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-22
Pharmaceutical Technology 58 Edição Brasileira - Vol. 26/Nº3 V ocê usa ou conhece alguém que utiliza insulina? Pois saiba que ela foi o primeiro medicamento biológico a ser de- senvolvido e esta tecnologia não é de hoje. Desde 1978 os medicamentos biológicos são usados em benefício da saúde com uma miríade de proteínas, como anticor- pos monoclonais, citocinas, hormônios, fatores recombinantes de coagulação sanguínea, enzimas, vacinas, proteínas de fusão e imunoconjugados. Os biofármacos são medicamentos obtidos a partir da utilização de células geneticamente modificadas para a pro- dução de proteínas terapêuticas. Conse- quentemente, resquícios destas células produtoras, como proteínas, RNAs e DNAs, podem contaminar o produto final. Ainda não há uma diretriz clara para níveis seguros destes elementos na RDC nº 55 de 16 de Dezembro de 2010, publicada pela ANVISA (aplicável a vacinas, soros, hemoderivados, biomedicamentos, anti- corpos monoclonais e medicamentos com organismos vivos/atenuados/mortos). Con- siderando que é uma diretriz relativamente nova, ainda há espaço para adequação de níveis seguros, muito provavelmente espelhando-se em órgãos internacionais, como FDA e OMS. A OMS, por exemplo, se preocupa com o processo produtivo e a pureza de bio- fármacos desde 1987, começando as pu- blicações acerca do cultivo celular nestes processos. Estes órgãos com visibilidade internacional já se atentam aos níveis seguros destas substâncias, e o resultado desses esforços é que hoje já existe um limite máximo estabelecido: 10ng de DNA residual da célula hospedeira por dose. A FDA é ainda mais rigorosa, traçando um limite máximo de 100 pg por dose, além de estabelecer reportes de micoplasma. Desta forma, já é realidade no controle de PUBLINOTA qualidade de biofármacos a preocupação em detectar e quantificar contaminantes microbiológicos e componentes inerentes da própria célula hospedeira, como DNA e proteínas. Sabendo que o risco potencial do DNA se dá pelas suas próprias ativida- des biológicas, levando em consideração a infecciosidade – devida a possível presença de um genoma viral infeccioso no DNA da célula hospedeira, oncogenicidade - ca- pacidade de induzir uma célula normal a se tornar tumorigênica e até imunogeni- cidade – capacidade de desenvolver uma resposta imunológica pelo organismo que recebe o medicamento. A técnica de PCR em Tempo Real tem sido usada para determinar níveis de DNA residual total, bem como a distribuição de pequenos fragmentos de molécula no produto. Em algumas situações, as concentrações de DNA, as condições da matriz e as substâncias inibitórias presen- Os riscos do DNA residual em biofármacos – Saiba como atender as regulamentações internacionais Contatos: Telefones: 0800-880-0092 ou 4003-0399 (Capitais e regiões metropolitanas) E-mail: marketing_brz@bio-rad.com
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