Pharmaceutical Technology Veterinária - 2019
Pharmaceutical Technology 27 VETERINÁRIA 2017 a temperaturas acima de 70°C, e o teor microbiano é consistentemente próximo de zero unidade formadora de colônia. No entanto, o processamento asséptico não deve ser um pré-requisito obrigatório para a esterilização terminal, e nem todos os processos assépticos devem ou podem ser seguidos por um processo letal. A flexibi- lidade operacional e regulamentar devem permitir que cientistas e engenheiros escolham as condições de processamento ideais para o produto em questão. Outra vantagem da utilização em es- cala mais ampla da esterilização terminal deveria ser o aumento da aplicabilidade da liberação paramétrica. Os autores con- cordam com o Dr. Tsuguo Sasaki, anterior- mente da Agência de Dispositivos Médicos e Farmacêuticos do Japão, que sugeriu que a liberação paramétrica deveria ser aplicável a qualquer processo terminal que produza um F 0 > 2 minutos (13). Dadas as limitações estatísticas e analíticas do teste de esterilidade, a liberalização do uso de liberação paramétrica faz sentido. Diz-se que são necessárias normas rígi- das, porque as empresas não têm cientistas da equipe com formação ou capacidade intelectual suficiente para fazer a escolha adequada de processamento por conta própria. Os autores rejeitam isso como igual- mente alarmista e hipócrita. É um insulto aos muitos engenheiros e microbiologistas bem treinados e capazes que trabalham neste campo. É possível que esta afirmação de incom- petência universal como justificativa para o dogmatismo seja uma desculpa pessoal para o exagero regulamentar. Seja qual for a razão, é difícil encontrar alguma consistência em expressar uma preferência técnica para esterilização terminal e, ao mesmo tempo, restringir sua utilização através de definição e regulação de nor- mas desnecessariamente rígidas. Outra particularidade é que o “espaço de design” entre o processamento asséptico e a esterilização terminal está autorizado a ser essencialmente inexplorado. Pouca atenção é dada para a possibilidade de pro- cessamento asséptico, seguido por proces- samento térmico, por radiação ou outros, que eliminaria a maioria dos patógenos. Saber que uma droga pode ser tratada de forma segura, sem qualquer impacto na eficácia, durante cinco minutos a 70°C, por exemplo, seria um conhecimento útil que poderia beneficiar o paciente/ usuário em todas as fases do ciclo de vida do produto, incluindo a produção genérica e manipu- lação de farmácia. Ignorar os benefícios de tal abordagem é limitado e contrário às preocupações universais com a segu- rança do paciente que os consumidores, produtores e reguladores compartilham. O uso de processamento asséptico ou de processamento controlado de biocarga em combinação com esterilização termi- nal não é uma ideia nova; há numerosos exemplos de uso corrente. Dadas as van- tagens destas combinações, deve ser evi- dente que as restrições são autoimpostas pela indústria. Já passou da hora de destruir as barrei- ras arbitrárias e desnecessárias ao redor do processamento asséptico e da esterilização terminal e de dar às organizaçõ es o direito de escolher a melhor solução possível para os seus produtos PT Referências 1. FDA, 21 CFR 211, Proposed Good Manufacturing Principles for Large Volume Parenterals (Rockville, MD, June, 1976). 2. J. Agalloco, J. Akers, and R. Madsen, PDA J. Pharm. Sci. Tech. 52 (6) 346-350 (1998). 3. J. Akers and J. Agalloco, PDA J. Pharm. Sci. Tech. 55 (3) 176-184 (2001). 4. J. Agalloco, J. Akers, and R. Madsen, PDA J. Pharm. Sci. Tech. 63 (2) 89-102 (2009). 5. Her Majesty’s Stationary Office, Health Technical Memorandum 2010 (HTM- 2010) Part 3: Validation and Verification (London, 1994). 6. 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