Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 1-23
Pharmaceutical Technology 22 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº1 ao longo de um caminho semelhante ao observado para a fotoquímica moderna. “A disponibilidade de equipamentos de fácil utilização e ampla cobertura da literatura facilitará o uso da eletroquímica para aplicações de nicho. O sucesso nessas áreas estimulará o desenvolvimento de soluções comerciais”, ele acrescenta que, se as organizações contratadas de pesquisa e fabricação buscassem e implementassem ativamente processos eletroquímicos, a barreira à ado- ção poderia ser potencialmente reduzida. Já existe, diz Lin, um renascimento da eletroquímica orgânica sintética em anda- mento. “Descobertas e avanços nesta área levaram os químicos orgânicos sintéticos a perceber gradualmente o poderoso poten- cial da eletroquímica como uma técnica robusta em síntese orgânica, estimulando um tremendo interesse de pesquisa neste campo entre a comunidade de química orgânica. Nesse contexto, acreditamos que reações eletroquímicas mais práticas e efi- cientes serão relatadas no futuro”, explica. Se certas medidas forem tomadas, a influência da eletroquímica na síntese orgânica poderá ser fortalecida ainda mais, de acordo com Lin. Uma delas seria o de- senvolvimento de métodos eletroquímicos para funcionalização em estágio avança- do de moléculas bioativas complexas e biomacromoléculas, tal como peptídeos, nucleotídeos e açúcares. Outro seria a fa- bricação de novos eletrodos para explorar novas reatividades e ajustar a seletividade de métodos eletroquímicos. Um objetivo de longo prazo seria o desenvolvimento de transformações eletroquímicas enan- tiosseletivas. Outra área de interesse de Lin e Buono é a extensão das aplicações eletroquímicas por meio da combinação da eletroquímica a outras técnicas sintéticas promissoras. A eletrofotocatálise (8) e a bioeletrocatálise (9), por exemplo, podem fornecer cami- nhos para a descoberta de novas reativi- dades e possibilitar o uso mais amplo de soluções eletroquímicas por químicos de processo. Buono também prevê a combi- nação de inteligência artificial, automação e eletroquímica, permitindo a otimização rápida de reações eletroquímicas (10). Lin acredita firmemente que todos esses desenvolvimentos e a adoção de processos eletroquímicos em geral pela indústria farmacêutica serão acelerados por meio do estabelecimento de colaborações ínti- mas entre a academia e a indústria. “Na academia, estamos mais interessados na descoberta de novas reatividades e nor- malmente negligenciamos as questões de custo e segurança relacionadas aos reagentes. Em geral, também carecemos da experiência necessária para ampliar de forma eficiente as reações eletroquímicas. Ao colaborar com parceiros da indústria, obtemos maior conhecimento dos requi- sitos práticos para métodos sintéticos usados na descoberta de medicamentos e na fabricação comercial”. O resultado final, conclui Lin, serão processos eletroquímicos industrializáveis, mais sustentáveis e escaláveis. Felizmente, muitas dessas colaborações já existem e estão ativamente engajadas na exploração de processos eletroquímicos PT Referências 1. M. Yan, Y. Jawamata, and P. S. Baran, Chem. Rev., 117, 21, 13230–13319 (2017). 2. S. R. Waldvogel et al., Angewandte Chemie Int. Ed. 57(20), 5594-5619 (May 14, 2018). 3. Cuiju Zhu, et al., ACS Cent Sci.; 7(3): 415–431 (Mar 24, 2021). 4. G. G. Botte, Electrochem. Soc. Interface, 23, 49-55 (2014). 5. K. Lam, iScience, 23, 101720 (2020). 6. D. S.P. Cardoso, et al., Org. Process Res. Dev., 21, 9, 1213–1226 (2017). 7. C. Botecchia et al., Org. Process Res. Dev., 26(8), 2423–2437 (2022). 8. J. Liu, et al., “NewRedox Strategies in Organic Synthe- sisbyMeansofElectrochemistryandPhotochemistry,” ACS Cent. Sci. 6, 8, 1317–1340 (2020). 9. S. D. Minteer et al., Chem. Rev., 120, 23, 12903–12993 (2020). 10.H. Tjark et al., Chem 6, 2484–2496 (Oct. 8, 2020).
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NzE4NDM5