Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 2-24

Pharmaceutical Technology 14 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº2 que garantem a manutenção de CPPs apropriados (4). Os maiores benefícios de tal estra- tégia de desenvolvimento de processos podem ser obtidos usando controles de feedforward e feedback baseados em dados em tempo real coletados usando ferramentas PAT. Além disso, como o mesmo equi- pamento pode ser usado desde o de- senvolvimento inicial até a produção comercial, normalmente, uma vez que uma estratégia de controle baseada em CPPs é implementada e se mostra eficaz, ela pode ser alavancada em todos os estágios de desenvolvimento. Durante o desenvolvimento do processo, a estratégia de controle es- pecífico a ser implementada deve ser determinada através da realização de uma avaliação de risco (4). As estratégias podem ser baseadas na coleta manual de dados do proces- so por meio do ajuste automático de feeds com base em dados em tempo real coletados usando ferramentas PAT. Também é possível que processos contínuos incluam a capacidade de desviar material por um determinado tempo, caso seja encontrado usando análise em tempo real para não estar em conformidade. A verificação do controle é realizada testando o processo desenvolvido com rações variadas e confirmando o com- portamento do processo (4). Deve também ser demonstrado o desempenho adequado dos métodos de análise e controlo em processo. Os intervalos de controlo devem ser justificados. Uma vez que um processo atingiu o estágio comercial, é neces- sário realizar avaliações periódicas para confirmar a eficácia contínua da estratégia de controle, apesar de quaisquer variações no equipamento de processo, matérias-primas ou fa- tores ambientais (7). Suporte regulatório para tecnologias emergentes A FDA tem sido líder em defender a modernização da fabricação farma- cêutica para aumentar a eficiência, a qualidade e a segurança. Os seus esforços tiveram início em 2002 com o lançamento da iniciativa Pharma- ceutical cGMPs for the 21st Century: A Risk Based Approach (8). A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Agência Japonesa de Investigação Médica e o desenvolvimento (AMED) aderiu mais recentemente, incenti- vando também o uso de tecnologias emergentes. Para incentivar ainda mais a adoção de novas tecnologias de fabricação, a FDA publicou em 2004 a estru- tura PAT-A para Desenvolvimento, Fabricação e Garantia de Qualidade Farmacêutica Inovadora, orientando o uso de uma abordagem QbD e PAT (9). Em seu Plano Estratégico para a Ciên- cia Regulatória de 2011, a FDA pediu pesquisas para identificar melhores tecnologias que permitam a fabricação contínua (10). Em 2017, a agência reiterou seu apoio ao processamento contínuo no avanço de aplicações de tecnologia emergente para modernizar a base de fabricação farmacêutica, orientação emitida pela equipe de tecnologia emergente (ETT) da FDA (11). A FDA então abordou questões de qualidade para na orientação preliminar de 2019, Considerações de qualidade para fabri- cação contínua (12). No geral, a FDA enfatiza consisten- temente o alinhamento do QbD com a fabricação contínua e enfatiza o fato de que os processos contínuos podem ser desenvolvidos e implementados com a estrutura regulatória existente (7) e usando uma abordagem orientada por dados (12).

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