Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 2-24
Pharmaceutical Technology 8 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº2 teste reduzido projetadas para aumen- tar a eficiência e reduzir os custos em testes de estabilidade. Três exemplos são estudos de programa de avaliação de estabilidade acelerada (ASAP), bra- cketing e matriciamento. Na abordagem ASAP, um medi- camento é estudado sob algumas condições de estresse por um tempo muito curto, muitas vezes duas sema- nas, e os resultados são extrapolados para prazos mais longos e condições menos extremas. Esses testes, feitos no início do desenvolvimento, podem ser uma maneira econômica de ajudar a prever a estabilidade a longo prazo. Ainda são necessários estudos formais de estabilidade a longo prazo (3). No bracketing, apenas condições extremas de resistência do produto, tamanhos de contêineres ou preen- chimentos de contêineres são testadas para todos os pontos de tempo. O desenho do estudo pressupõe que a estabilidade dos níveis intermediários é representada pela estabilidade dos extremos (1). O risco desta abordagem é que, se um resultado estiver fora de especificação, o estudo de estabilidade deve recomeçar do início (3). Na matriz, um subconjunto sele- cionado de amostras (representando uma determinada resistência ou lote) para todas as combinações de fatores é testado em um ponto de tempo especificado. Em um momento subsequente, outro subconjunto de amostras para todas as combinações de fatores é testado. O projeto assume que a estabilidade de cada subconjunto representa a de todas as amostras no ponto de tempo determinado (1). A matriciação requer conhecimento sofisticado de conceitos estatísticos tanto pelos profissionais de qualidade que realizam os estudos quanto pelos reguladores que revisam as consi- derações de dados que podem estar retardando sua adoção (3). É importante selecionar um prove- dor com ampla experiência em estudos de estabilidade e conhecimento abran- gente dos regulamentos. Terceirização de testes de estabilidade O teste de estabilidade não é uma empresa pequena, e muitas empresas farmacêuticas de pequeno e médio porte precisarão terceirizar. Primeiro, o investimento em câmaras de esta- bilidade é significativo. Cinco câma- ras diferentes são necessárias para abordar todas as condições do ICH, e estas requerem recursos e pessoal especializado para qualificá-las e lidar com a manutenção contínua, incluindo o mapeamento anual de temperatura necessário. A energia de backup tam- bém é crítica; uma perda de energia durante um estudo de longo prazo exigiria iniciar o estudo desde o início. Os estudos de estabilidade em si podem ser bastante complexos, com dezenas ou centenas de amostras de diferentes formulações, sujeitas a vá- rios conjuntos de condições, em estudo em um determinado momento, e tam- bém exigem recursos e conhecimentos pessoais significativos para conduzi- -los corretamente. Assim, é importante selecionar um provedor com ampla experiência em estudos de estabili- dade e conhecimento abrangente dos regulamentos. Nem todas as instala- ções de testes analíticos contratadas têm a capacidade de realizar testes de estabilidade. Ao terceirizar testes analíticos, é aconselhável escolher um provedor que também ofereça recursos completos para testes de estabilidade, garantir uma colaboração consistente com um parceiro de confiança. O teste de estabilidade também suporta decisões sobre processos de produção, formulação e embalagem. Sumário O estabelecimento de condições precisas de armazenamento e prazo de validade para rótulos de produtos farmacêuticos deriva do teste de es- tabilidade, que é crítico para garantir a qualidade do produto e a segurança do paciente. O teste de estabilida- de também suporta decisões sobre processos de produção, formulação e embalagem. Ao adotar uma abor- dagem estratégica e baseada em evi- dências, as empresas podem projetar um programa de estabilidade robusto que não apenas atenda aos requisitos regulatórios e proteja a segurança do paciente, mas também faça o uso mais eficiente dos recursos e garanta uma rotulagem precisa PT Referências 1. ICH, Q1 (A-F) Stability (ICH, 2003). www.ich.org/page/ quality-guidelines. 2. WHO. TRS 1010 - Annex 10: WHO Guidelines on Stability Testing of Active Pharmaceutical Ingredients and Finished Pharmaceutical Products. 2018 (acces- sed Oct. 25, 2023). 3. Dong, M.W.; Huynh-Ba, K. Stability Studies and Testing of Pharmaceuticals: An Overview, LCGC N. 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