Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-24

Pharmaceutical Technology 23 Pharmaceutical Technology 23 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº3 do sistema imunológico, o que leva a funções como citotoxicidade celular dependente de anticorpos ou citoto- xicidade dependente de complemento completo. Esses anticorpos com função efetora aprimorada têm a capacidade de eliminar as células-alvo e modular a resposta imunológica, melhorando ainda mais o potencial terapêutico”. “À medida que os alvos para tera- pias commAb são identificados, menos são alvos agonistas e mais são alvos antagônicos”, comenta Scott Rudge, fundador do SynerG Biopharma Group. “Quando um alvo agonista é encontra- do, o anticorpo pode ser projetado para estimular uma célula ou um órgão para produzir um determinado resultado. Por exemplo, a insulina é um agonista de proteína, pois faz com que as célu- las absorvam a glicose e a armazenem como glucagon”. Entretanto, os antagonistas, como os inibidores de ponto de controle, na verdade impedem que algo aconteça, enfatiza Rudge. “Se todos os recepto- res do corpo precisarem ser inibidos ou regulados para baixo de alguma forma, os antagonistas exigirão doses cada vez maiores, o que significa maior con- centração, para serem administrados por via subcutânea ou de alguma outra forma menos invasiva do que a admi- nistração intravenosa” acrescenta ele. “Entrega subcutânea e intramuscu- lar, requerem formulações altamente concentradas, pois o volume máximo que essas vias de administração podem acomodar é de cerca de 1 ml”, explica Rudge explica. “Como alternativa, outros meios para administração de altas doses de mAbs poderiam fornecer mais de 1 mL. As pesquisas nessas duas áreas estão muito ativas”. Além disso, o desenvolvimento de anticorpos bi específicos representa ummarco signi- ficativo para o setor biofarmacêutico, acrescenta Kaur. “Essa plataforma é promissora para aumentar a eficácia, aumentar a meia-vida e melhorar a estabilidade e a especificidade das terapias biológicas, ao mesmo tempo em que minimiza os efeitos colaterais”, diz ela. Olhando além da terapêutica com anticorpos, Kaur destaca as vacinas de RNA como uma plataforma promissora que possibilitará o desenvolvimento de novas vacinas para combater doenças infecciosas e outras. “A pesquisa em andamento tem como objetivo otimizar ainda mais as plataformas de vacinas de RNA e ex- pandir sua aplicação além das doenças infecciosas” diz ela. “Além disso, há terapias com oligo- nucleotídeos curtos, que apresentarão uma e promissora para o tratamento de doenças raras órfãs, tendo como alvo genes específicos e outros ele- mentos regulatórios”, especifica Kaur. “Os esforços contínuos de pesquisa e desenvolvimento estão concentrados no aprimoramento das estratégias de entrega, aprimorando a especificidade e eficácia, além de expandir a aplica- ção clínica de terapias baseadas em oligonucleotídeos”. Um futuro inovador Concentrando-se nas possíveis tendências futuras para o campo de produtos biológicos, Hans de Backer, chefe da Peptide Division, Biosynth, enfatiza que há várias tendências im- portantes que estarão em andamento por um longo período de tempo. Algumas são tendências mais gene- ralizadas do setor, como a aceleração do tempo de colocação no mercado e a adoção de soluções mais ecológicas na fabricação; no entanto, uma tendên- cia mais específica para os produtos biológicos será a busca por soluções cada vez mais específicas para cada paciente pacientes, em vez de terapias genéricas do tipo “tamanho único”. genéricos. Uma outra tendência que está moldando o setor de produtos bioló- gicos é o desenvolvimento de terapias combinadas, por meio das quais as empresas estão desenvolvendo esses produtos como opções de combinação desde o início em vez de considerar uma possível combinação mais tarde, especifica De Backer. “A gama amplia- da de medicamentos biológicos e de pequenas moléculas já aprovados pode estar sendo usada durante o desen- volvimento para atuar em várias vias ou nas mesmas vias por mecanismos diferentes. Portanto, é cada vez mais importante para os pesquisadores poderem acessar reagentes (como biossimilares ou genéricos) no início do desenvolvimento para entender os modos e mecanismos de ação e as rotas para melhorar a eficácia”, diz ele. Todas as tendências mencionadas acima serão impulsionadas principal- mente pela introdução da inteligência TUB O FARMA

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