Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-24

Pharmaceutical Technology 29 Pharmaceutical Technology 29 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº3 concentração tóxica) por um período mais longo duração, garantindo um resultado mais eficaz do tratamento, comenta Assis. Isso se traduz em maior eficácia e segurança aprimorada, o que pode ser difícil de se obter de outra forma. Os MUPS/EMTS também permitem a redução das altas frequências de dosagem freqüentemente necessá- rias para medicamentos com janelas terapêuticas estreitas, o que pode contribuir para melhorar a paciente, acrescenta Assis. Outros tipos de medicamentos para os quais a formulação como MUPS/ EMTS alavancam perfis de liberação sustentada incluem terapias altamente potentes e medicamentos com curta duração de ação, de acordo com Assis. Os primeiros exigem dosagem precisa e controle cuidadoso da con- centração do medicamento, que pode ser obtido por meio de um sistema de reservatório de medicamento, como os encontrados nas formulações MUPS/ EMTS. Para o último, comenta Assis, um sistema de reservatório pode pro- longar o efeito terapêutico ao liberar o medicamento substância medicamen- tosa gradualmente. Ideal para produtos combinados Além de possibilitar a incorporar vá- rias APIs que têm potencial de interagir entre si, as formulações MUPS/EMTS podem acomodar APIs com diferentes perfis de solubilidade, permitindo a formulação de medicamentos que podem ter perfis de biodisponibilidade, diz Voleti. O MUPS e o EMTS também são úteis quando diferentes taxas de liberação são necessárias para atender a perfis farmacocinéticos específicos. De fato, Voleti observa que a combinação de medicamentos com taxas de absorção variáveis em uma única formulação pode ajudar a obter um perfil farma- cocinético previsível. A redução do número de medica- mentos diferentes que os pacientes devem tomar também pode ajudar a aumentar a adesão à medicação. O desenvolvimento não é uma tarefa simples Como as MUPS/EMTS contêm sub- -unidades que devem ser fabricadas e depois processadas no medicamento final, seu desenvolvimento e produ- ção são mais complexos do que os de comprimidos e cápsulas básicos. De fato, Voleti aponta várias tecnologias que podem ser usadas para o desen- volvimento de MUPS/EMTS, incluindo extrusão-esferonização, extrusão por fusão a quente, secagem por spray e compressão, compressão de mini- -tablets, camadas de medicamentos, revestimento multicamadas, masca- ramento de sabor, encapsulamento multipopulacional e outros. “O desen- volvimento e a comercialização de for- mulações de MUPS e EMTS enfrentam vários desafios significativos para os quais são necessárias abordagens es- tratégicas são necessárias”, afirma ele. Questões específicas que devem ser abordadas, de acordo com Voleti, incluem garantir o prazo de validade e a estabilidade das formulações de MUPS; manter a compatibilidade fármaco-excipiente; evitar entrada de umidade, degradação oxidativa degradação oxidativa e interações entre componentes; obter uniformi- dade de partículas e uniformidade do revestimento funcional e de partículas; navegar e evitar violação de proprieda- de intelectual; e aderir aos requisitos regulatórios. Assis também enfatiza o fato de que a produção de pellets uniformes de tamanho, forma e conteúdo de medicamento consistentes pode ser um desafio, e revestir os grânulos para fornecer os perfis desejados de libe- ração controlada ou retardada - bem como fazê-lo de maneira consistente - pode ser complexo. “Garantir uma espessura de reves- timento uniforme e consistente e uma distribuição uniforme do revestimento em todos os grânulos é crucial para uma liberação consistente do medi- camento e para reduzir a variabilidade de lote para lote”, diz ele. Isso requer a determinação dos parâmetros ideais do processo de revestimento, o que pode ser um esforço demorado. A manutenção da integridade do revestimento nas etapas de processa- mento subsequentes, como a formação de comprimidos e o encapsulamento, é também é crucial, pois o dano ou a quebra do revestimento podem alterar as características de liberação. “Como a maioria dos MUPS é com- posta por pellets com revestimentos funcionais, manter a elasticidade e flexibilidade do filme é fundamental para manter a funcionalidade preten- dida e, portanto, superar os desafios relacionados à mistura e a formação de comprimidos de pellets revestidos é essencial para evitar problemas de ruptura e segregação do filme e se- gregação”, afirma Assis. Todos esses desafios podem ser ampliados quando se passa do laboratório para a produ- ção comercial, acrescenta Assis. Por fim, Voleti ressalta que há uma limitação importante das formulações KERRY

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